quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

https://www.poesiarevelada.com/blog/a-clay-coloured-vessel-un-navire-couleur-de-terre

quarta-feira, 25 de julho de 2018

No inicio era espaço e  branco... depois o azul, o dourado e o preto aos poucos,  foi cobrindo toda a superfície branca. No final, o dourado e o preto transformam-se em dois que se fundem para numa sinfonia, as cores,  adormecem e despertam numa sintonia perfeita.







terça-feira, 26 de junho de 2018


Decorriam os tórridos anos noventa e na memória ficaram-me as pedras que pareciam cozer de tão quentes. Houve dias nesse longo verão escaldante, em que as pedras foram testemunhas, o sol esmagava a paisagem alentejana. Os elementos sucumbiam um após outro e as cores misturavam-se na planície que inevitavelmente se iam banhando na paleta das cores.



                   

 Guika Rodrigues

segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Do meu Alentejo que me viu nascer, crescer e me inspira.







“O Homem quer e a obra nasce”. Quando desejamos muito uma coisa, raramente não conseguimos atingir os nossos objetivos, foi a partir deste proposto que cresceu a vontade interior e inspiração de começar a pintar. Estava em 1997.
Nasci no Alentejo, em Mértola, no monte da Moreanes. Passados os meus primeiros 6 anos em Lisboa, passei daí em diante a celebrar a Páscoa e o Natal com os meus pais
na terra que me viu nascer.
Até hoje recordo o cheiro, da terra molhada, dos toros a arder na lareira que crepitava durante toda a noite enquanto as mulheres amassavam as filhós, o pão e os folares no forno a lenha nas épocas festivas.
Aos homens e às crianças era-lhes reservado o tempo para as conversas, as brincadeiras, ao convívio, às canções alusivas à quadra e aos risos que ainda hoje são traços bem definidos da minha personalidade.  
A paisagem ondulante do campo alentejano dos mais variados tons sempre me fascinou; os violetas, os diferentes verdes e as cores ocres castanhos e amarelos, os azuis, os vermelhos e laranjas do por do sol, foram responsáveis pelo escolher da paleta para as minhas telas. Da mistura das variadas cores e do forte desejo de deitar para fora as minhas emoções nasceu a minha obra; a paisagem do meu Alentejo profundo.
Convidada a expor em Portugal e no estrangeiro, em exposições individuais e coletivas, em Galerias, Bienais e Instituições várias, até à data reservo na memória momentos de grande honra, muitas emoções e desejos de contribuir para ver crescer a arte pictórica do Alentejo que me viu nascer. 


Guika Rodrigues

Novembro de 2017

quarta-feira, 25 de outubro de 2017

Alentejo... "Lignes de Terre et d’Horizon"

Quando fui convidada a participar num livro de poesia escrito em língua francesa, foi pedido que o fizesse em forma de uma pintura, uma pintura sobre o Alentejo. O convite partiu do amigo e escritor francês Philippe Despeysses. O livro de poesia nasceu da inspiração aquando das várias  incursões que o autor  fez regularmente ao Alentejo profundo.
Da paixão pelo que via e ouvia, dos testemunhos das gentes locais e das estórias contadas pelas gentes da terra sobre as suas vivências,  do som do vento da planície, das cores dos campos secos, do restolho, do azul do céu, da gastronomia e do cante alentejano, nasceu o livro de Philippe.