domingo, 13 de fevereiro de 2011

O BEIJO


Estou quase a acreditar

Eu quase acredito em ti, acredito que tu existes, mas onde? Não sei! Mas que estás por aí algures, estás! Se estiveres, não precisas de gostar de mim se não quiseres. Mas não me faças acreditar que é amor, caso seja apenas sucedâneo. Não me digas nada, ou diz-me tudo. Não me olhes assim, tu dizes tanta coisa com um olhar. E o olhar mente, eu sei! E eu sei por que aprendi. Também sei mentir das formas mais perversas e doces possíveis, sabias? Mas o meu coração está rouco agora. GRAVE! Percebes porquê? Escuta só como ele bate. Não! Não é mais o mesmo, está sem ritmo, ora desacelera ora bate aceleradamente, sem controlo. O bater não é mais o mesmo. Não quero dizer que o tempo passou, e que tudo não passou de uma ilusão mas passou, que a ilusão acabou, apesar de tudo ser um pouco verdade. O problema não é esse. Eu não me contento com pouco. Não! Eu tenho MUITO dentro de mim e não estou a fim de dar sem receber nada em troca. Essa coisa bonita de dar sem receber funciona muito bem em rezas, histórias de santos, conversas... Mas eu não moro numa igreja, não sou santa, não evolui até esse ponto e só vou dar se receber também."

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