segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Do meu Alentejo que me viu nascer, crescer e me inspira.







“O Homem quer e a obra nasce”. Quando desejamos muito uma coisa, raramente não conseguimos atingir os nossos objetivos, foi a partir deste proposto que cresceu a vontade interior e inspiração de começar a pintar. Estava em 1997.
Nasci no Alentejo, em Mértola, no monte da Moreanes. Passados os meus primeiros 6 anos em Lisboa, passei daí em diante a celebrar a Páscoa e o Natal com os meus pais
na terra que me viu nascer.
Até hoje recordo o cheiro, da terra molhada, dos toros a arder na lareira que crepitava durante toda a noite enquanto as mulheres amassavam as filhós, o pão e os folares no forno a lenha nas épocas festivas.
Aos homens e às crianças era-lhes reservado o tempo para as conversas, as brincadeiras, ao convívio, às canções alusivas à quadra e aos risos que ainda hoje são traços bem definidos da minha personalidade.  
A paisagem ondulante do campo alentejano dos mais variados tons sempre me fascinou; os violetas, os diferentes verdes e as cores ocres castanhos e amarelos, os azuis, os vermelhos e laranjas do por do sol, foram responsáveis pelo escolher da paleta para as minhas telas. Da mistura das variadas cores e do forte desejo de deitar para fora as minhas emoções nasceu a minha obra; a paisagem do meu Alentejo profundo.
Convidada a expor em Portugal e no estrangeiro, em exposições individuais e coletivas, em Galerias, Bienais e Instituições várias, até à data reservo na memória momentos de grande honra, muitas emoções e desejos de contribuir para ver crescer a arte pictórica do Alentejo que me viu nascer. 


Guika Rodrigues

Novembro de 2017

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