domingo, 13 de fevereiro de 2011

MOREANES

Meu Amor...

Se assim te posso chamar, sem reservas nem incertezas,

Os dias passam iguais, sinto um aperto no peito, um desgaste e a energia começa a faltar-me.

Chamo-te assim meu Amor porque só desta forma consigo sentir o que desejo e o quanto quero ser desejada...

Hoje quero partilhar contigo, dizer-te que hoje estou triste, muito triste, apetece-me rir alto, caminhar de mão dada numa praia deserta, ver o pôr do sol, olhar o horizonte, sentir o cheiro do mar, o cheiro das flores, do perfume que imanas e que juntos imanamos.

E que estou cansada, muito cansada, preciso de água fresca a escorrer da fonte, do ar dos pinheiros, olhar a planície dourada, cheirar o pão que a minha mãe fazia, ser embalada pelo colo do meu pai, do riso louco das minhas irmãs, do ladrar constante dos cães, do chilrear dos pássaros, do cantar do galo logo pela manhã,

Apetece-me chorar...chorar alto, gritar, contar ao mundo as injustiças, entregar-me às loucuras de outrora e às loucuras de agora, esquecer as certezas, acreditar nas incertezas, acreditar que um dia é sim e outro dia é não e que no dia sim virá um grande amor para me levar em pensamentos altos, errantes, desafiantes, constantes, e saber que posso respirar sem ter alguém a cobrar-me.

E dizer-te que não te quero magoar, desdenhar, envolver-te em situações dúbias, no meu passado sem resolução, mas amar-te no meu presente com solução, envolver-te nos meus braços, mimar-te, seduzir-te, desafiar-te, sentir-te e partilhar um sem número de coisas boas e que te façam feliz.

Vivo em constante desejo de fazer-me feliz e fazer alguém como tu feliz, de ter e estar numa família, onde junto caminharemos para uma velhice sem anseios, e em paz.

Juntos olhamos o mar sentados numa cadeira de baloiço, através de uma grande varanda de mão dada até que a morte me separe.

Sempre de mim para ti...

Margarida roxa, amarela, branca

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